EP apresenta 17 M€ de resultados positivos
A EP encerrou o ano com um resultado positivo de 17 M€, representado um aumento de 12 face ao ano anterior e um EBITDA de 488 M€ em 2014.
Para a obtenção destes resultados, contribuiu decisivamente o crescimento dos proveitos (excluído construção e subsídios à construção), com o aumento das receitas de portagem (9%) e o crescimento da receita da Contribuição do Serviço Rodoviário (4%)
Em 20014 registou-se uma menor capitalização de encargos financeiros (-51M€) devido principalmente à redução da atividade de construção de subconcessões.
Importa realçar que o EBITDA teria aumentado 37M€ (+10,3%) face a 2013 excluindo o impacto da capitalização de encargos financeiros.
Receitas resultantes do crescimento das portagens e de um ligeiro aumento do tráfego
Ainda assim, em 2014, a Estradas de Portugal teve receita líquida de 517 M€ referentes à Contribuição de Serviço Rodoviário, paga pelos utilizadores em função do uso de toda a rede rodoviária nacional. Este valor compara com 494 M€ em 2013 e 504 M€ em 2012.
A receita de portagens nas sete ex-Scuts, nas quatro subconcessões, nas vias diretamente exploradas pela EP e nas Concessões do Estado permitiu um encaixe anual de cerca de 316 M€ (257 M€+IVA). Apesar de aquém dos estudos iniciais, representa um aumento de 9% face a 2013 e de 22% face a 2012.
Inicio dos pagamentos das Subconcessões
Em 2014 tiveram inicio os pagamentos das subconcessões contratadas em 2008/2009 (238 M€ em 2014)) e procedeu-se ao pagamento da Mafratlântico (245 M€) de acordo com o protocolo de 2008. Este facto teve um forte impacto da despesa em 2014.
A conjugação destes efeitos tornou inevitável, conforme anunciado para 2014, a quebra do ciclo de redução da contribuição líquida do contribuinte (aumento de 275M€ para 728M€).
A taxa de cobertura dos encargos das concessões pela receita da portagem situou-se em 34% e a taxa de cobertura das subconcessões situou-se pelos 6%.
Por outro lado, voltou-se a registar uma diminuição relativa dos custos de cobrança de portagens. Nas sete ex- Scuts onde se realiza a cobrança de portagens através do sistema Multi Lane Free Flow, o custo global médio de cobrança de portagens passou de 24% para 22% das receitas das portagens cobradas.
Endividamento Líquido
Em 2014, o endividamento líquido das Estradas de Portugal diminui 712 M€ atingindo 2.459 M€, o que compara favoravelmente ao decréscimo verificado em 2013 (266 M€).
Tal foi possível devido ao aumento de capital no valor total de 1.521 M€.
Posição Financeira
Conforme anunciado em 2014, este seria o ano do início do pagamento no do das subconcessões, depois de em 2013 se ter finalizado a fase de investimento nas suas
Investimento e Custos Operacionais
Em 2014 assistimos a uma aumento da eficiência quer no investimento realizado, quer com a redução de encargos com a manutenção da rede própria, (com manutenção do mesmo nível de qualidade), quer com a redução dos FSE (-3%)
Para tal contribuiu a redução dos gastos com a conservação corrente, devido à celebração dos novos contratos para o período 2014/2017 e a redução progressiva do investimento em conservação periódica resultado da manutenção dos níveis de qualidade dos pavimentos da rede EP.
Facto que foi reconhecido no The Global Competitiveness Report 2014 – 2015 pelo World Economic Forúm como a melhor Rede Nacional de Estradas da europa.
Durante 2014, registou-se uma estabilização do valor global de investimento em manutenção, por via da redução progressiva do investimento em conservação periódica e de um ligeiro aumento do investimento em conservação corrente e segurança rodoviária.
Em 2014, a Estradas de Portugal registou uma diminuição de 4% com os custos com pessoal.
A nível do número de colaboradores regista-se uma diminuição de 6%, face ao exercício anterior e de 13% quando comparado com o exercício de 2012.