A Obra

A Ponte possui duas torres de cerca de 190 metros de altura e um comprimento total entre ancoragens de 2 300 metros, dos quais 1 013 metros de vão central. Cada cabo principal tem 58,6 cm de diâmetro e é composto por 11 248 fios de aço.

A Ponte obrigou à escavação de 6,6 milhões de m3 de rocha e solos, consumiu 300 000 m3 de betão e 82 000 toneladas de peças de aço.

Cada torre de aço demorou mais de 4 meses a ser implementada, os dois cabos principais pesam 8 000 toneladas e foram construídos in loco, a viga de rigidez foi construída por secções de 300 toneladas cada, transportadas por barcaça e içadas uma a uma.

Mas, apesar da sua imponência, é uma estrutura dinâmica e leve:

Uma estrutura flexível e com elasticidade* não quebra; verga e resiste. Da dinâmica estrutural vem-lhe a firmeza e a estabilidade. É resiliente ao atrito, ao vento e aos movimentos tectónicos.

Uma longa treliça** tridimensional constituída por pequenos triângulos, cabos de apoio e outras estruturas suportadas por milhões de parafusos. Não há opacidade, há luz e sombras, há tonalidades, há ligações de pontos e linhas e inúmeras formas geométricas. Pontos de vista, a partir dos seus meandros, ou de fora, sempre por descobrir.

 

* Por ação da temperatura e das cargas rodoviárias e ferroviárias atuantes, o tabuleiro rodoferroviário pode movimentar-se longitudinalmente nas extremidades até 1,50 m (±0,75 m em relação à posição de referência) e o topo das torres pode oscilar até ao máximo de 2.0 m (± 1.0 m relativamente ao seu alinhamento vertical). Com a cessação de qualquer carga, o comportamento elástico da Ponte permite-lhe retomar as suas características iniciais (posição espacial e dimensões).

** Treliças ou “sistemas triangulados” são estruturas formadas por elementos retos rígidos, designados por barras, que se encontram ligados entre si por nós. A treliça da Ponte 25 de Abril é espacial/tridimensional.