IP avança com os trabalhos de reabilitação da Linha da Beira Alta
2017-05-09
A Infraestruturas de Portugal consignou a empreitada de renovação integral de via, incluindo a intervenção de drenagem do Túnel do Trezói, no troço entre os quilómetros 58,3 e 65,050 da Linha da Beira Alta.
A obra representa um investimento global de 5,8 milhões de euros, repartidos entre os 3,7 milhões de euros correspondentes ao valor da empreitada e os 2,1 milhões de euros relativos ao custo dos materiais a aplicar.
A intervenção desenvolve-se entre a Bifurcação do Luso e a boca de saída do Túnel do Trezói, concelhos de Mealhada e Mortágua, tem como objetivo a renovação integral da superestrutura de via existente, com a colocação de novos carris, travessas, fixações e balastros, assegurando a integração destes equipamentos no âmbito do projeto de modernização da Linha da Beira Alta.
No Túnel do Trezói, além dos trabalhos a renovação da superestrutura da via será realizada uma importante intervenção de melhoria do sistema de drenagem, por forma a garantir uma eficiente capacidade de escoamento das águas pluviais.
A empreitada inclui, entre outros, os seguintes trabalhos:
- Substituição do armamento de via em toda a extensão do troço, inclusive dentro dos túneis;
- Regularização de barras em todo o troço a intervencionar;
- Colocação de Aparelhos Carriladores a montante e a jusante de cada ponte (das Várzeas, do Meligioso, de Trezói);
- Implantação de um dreno central e correção de pendentes nas valetas laterais implantadas no Túnel do Trezói;
- Implantação de drenos transversais de plataforma na zona do emboquilhamento de entrada do túnel.
A Linha da Beira Alta, principal ligação ferroviária à Europa, faz parte da rede “core” da Rede Transeuropeia de Transportes (RTE-T) e integra o Corredor Ferroviário de Mercadorias nº 4.
No quadro do Plano de Investimentos Ferroviários 2016-2020, a Ligação Porto/Aveiro – Vilar Formoso (através da Linha da Beira Alta) é definida como um projeto prioritário que visa reforçar a ligação do norte e centro de Portugal com a Europa por caminho-de-ferro, de modo a viabilizar um transporte ferroviário de mercadorias eficiente, potenciando o aumento da competitividade da economia nacional.
Dado o caráter estratégico deste corredor, até à concretização deste investimento é fundamental continuar a realizar as ações de manutenção corrente e alguns investimentos, entre os quais se enquadra o que agora tem início, e que, alinhados com os do Plano, são essenciais para garantir a segurança e os níveis de fiabilidade da infraestrutura de via, que se encontra, nalguns troços, em fim de ciclo de vida útil apresentando patologias que condicionam a sua disponibilidade.