Reunião plenário do projeto europeu “OPTIMUM - Multi-source Big Data Fusion Driven Proactivity for Intelligent Mobility”
2018-04-24
Teve lugar em Viena, nos dias 18 e 19 de abril, a penúltima reunião plenário do projeto europeu “OPTIMUM - Multi-source Big Data Fusion Driven Proactivity for Intelligent Mobility”, cofinanciado pela Comissão Europeia no âmbito do Programa Horizonte 2020, e que tem por objetivo principal desenvolver soluções de tecnologia de informação que promovam a mobilidade na Europa. Neste consórcio de 18 empresas europeias, a IP é o parceiro responsável pelo desenvolvimento de um caso piloto em Portugal, onde será avaliado um modelo de cobrança dinâmica de portagens.
Durante os 2 últimos meses do ano passado, foi realizada a segunda fase de testes com 10 camiões da empresa Luis Simões (LS), operador logístico de referência e também parceiro do projeto. O “caso piloto” português contou também com a participação de outros parceiros, a TIS – Transportes, Inovação e Sistemas e a Uninova – Instituto de Desenvolvimento de Novas Tecnologias, bem como dos austríacos da Kapsch e ainda da Intrasoft e da Universidade de Aegean (Grécia).
Assim, foram apresentados na reunião os resultados obtidos nesta segunda fase de testes, na perspetiva do gestor da infraestrutura rodoviária.
Genericamente, considerando uma rede de autoestradas definida com base nas principais rotas utilizadas pela LS e focando a análise na área de influência das autoestradas cuja receita de portagens é da titularidade da IP, foi testado o modelo previsional de portagens dinâmicas, que, para cada secção, pretende apresentar uma proposta de preço “ótimo”, superior ao tabelado (fomentando a transferência destas viagens para períodos menos congestionados) ou inferior (levando à desejada transferência de tráfego para as autoestradas), mas sobretudo atrativo para o operador logístico, de modo a que opte pela autoestrada em detrimento da estrada nacional. Uma vez calculados os preços, a informação foi sendo fornecida à LS através de um webservice, com uma antecedência de 48 horas, face à data da viagem, por razões de planeamento de rotas. Utilizando esta informação, a LS incluiu os novos preços no seu processo planeamento das rotas a percorrer pelas 10 viaturas selecionadas, e sobre as quais foi depois possível obter alguns dados sobre a circulação.
Avaliando os key performance indicators (KPI) a atingir no projeto, os resultados desta segunda fase de testes são bastante positivos, verificando-se que a utilização das estradas nacionais se reduziu em cerca de 26%, o aumento das viagens na rede portajada traduziu-se num aumento da ordem dos 14% da receita do gestor da infraestrutura e para o transportador foi conseguida uma redução de mais de 5% nos custos operacionais pela otimização de consumos.
Com evidentes ganhos diretos para o gestor da infraestrutura e para os operadores logísticos, são de realçar ainda os benefícios ambientais (redução das emissões de CO2) e sociais (impacto nas população residentes junto das estradas nacionais) que poderão vir a ser alcançados com este tipo de solução.
Mais informações e atualizações sobre este projeto disponíveis no site www.optimumproject.eu.