Linha do Algarve
O vasto património ferroviário edificado tem nos últimos anos sido alvo de uma particular forma de vandalização e desvirtuação: os graffiti não autorizados.
Por via desta prática abusiva os utilizadores das estações veem ser-lhes negados alguns direitos legítimos, reclamando da Infraestruturas de Portugal (IP) uma ação permanente no sentido de minorar o impacto negativo que os graffiti têm.
Sendo certo que, face aos recursos financeiros e humanos limitados, a Infraestruturas de Portugal não tem condições para atuar a todo o tempo e em todos os espaços, têm sido inúmeras as ações de beneficiação que vão sendo desenvolvidas, mesmo onerando a empresa não só por via dos meios materiais a afetar como pela mobilização de pessoal que poderia estar afeto a outro tipo de atividades.
Extravasando questões de responsabilidade dominial e de atuação, esta é uma matéria com a qual toda a sociedade deverá estar comprometida: na dissuasão, na preservação, no reporte e, entende a IP também na reabilitação dos espaços por via do envolvimento de associações e autarquias.
Neste contexto, e dando sequência ao plano de melhoria das condições das diferentes estações da Linha do Algarve, foram recentemente concluídos trabalhos de beneficiação e reparação nas estações de Faro, Conceição, Mexilhoeira Grande, Silves, Estômbar-Lagoa, Algoz e Poço Barreto.
Ainda neste quadro, e até ao final do ano, serão concluídas duas ações nas estações da Fuseta e de Olhão visando a requalificação dos espaços, com a pintura de paredes e reabilitação de coberturas, tendo como fim último a conservação do património e a melhoria geral das condições do mesmo corrigindo danos praticados.
Os trabalhos têm um grande impacto e significado para as populações e constituem mais um contributo para a preservação e valorização de um património que é de todos, que a todos cabe preservar e que se encontra a cargo da Infraestruturas de Portugal.