IP estabelece Protocolo para Valorização da EN2 enquanto Rota Turística

2017-05-23
A Infraestruturas de Portugal assinou no dia 24 de maio, um acordo de colaboração com a Associação de Municípios da Rota da Estrada Nacional 2 (AMREN2), numa cerimónia que contou com a presença do Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques.
 
Este acordo tem como objetivo a definição das condições de cooperação entre a IP, enquanto gestora da estrada, e os municípios que integram a AMREN2 que pretendam promover intervenções na zona envolvente da EN2, nomeadamente ao nível da sinalética afeta à Rota da EN2, marcos rodoviários e de indicação de localidade ou em zonas de lazer.
 
Um entendimento que permitirá uma mais eficiente e estreita cooperação entre a Infraestruturas de Portugal e todos os 31 municípios que integram a AMREN2, contribuindo para a promoção da EN2 enquanto Rota Turística de excelência para a descoberta da diversidade e história de toda a região Interior de Portugal.

IP apoia a Ride Across Portugal - EN2 Estrada Mítica

A Infraestruturas de Portugal irá apoiar a organização da prova de ciclismo Ride Across Portugal, cuja primeira edição decorre entre 28 de maio e 3 de junho.
 
Este evento tem como cenário a Estrada Nacional 2, numa extensão de 738 quilómetros entre Chaves e Faro. A prova é dividida em cinco etapas ligando Trás-os-Montes ao Algarve, e irá atravessar um total de 11 distritos e 35 concelhos. 
 
A Infraestruturas de Portugal associa-se a este evento que tem como principais objetivos a promoção e valorização turística das regiões atravessadas pela Estrada Nacional 2. 

A EN2

A EN2 encaixa-se no território ao longo de cerca de 738 km, atravessando 11 distritos, 32 concelhos, quatro serras e 11 rios, passando no Centro Geodésico e em algumas das mais emblemáticas cidades, vilas e aldeias de Portugal. Dadas as suas caraterísticas, a EN2 é comparada a outras estradas como a Ruta 40 na Argentina ou à Route 66 nos EUA, integrando o conjunto das estradas míticas existentes em todo o mundo.
 
Classificada em 1945, foi Estrada Real nos finais do séc. XIX, em 1884 era a Estrada Districtal nº 128 (de Faro a Castro Verde), em 1910 era a Estrada Nacional nº 17 (de Faro a Beja), depois foi a Estrada Nacional nº 19-1ª e com a publicação do Plano Rodoviário Nacional em 1945, passou a ser a EN2. 
 
Pelo significado que esta via representa, pelos valores culturais que encerra, pela riqueza patrimonial das zonas onde se implanta, foi, em 2003, a primeira estrada a ser classificada como Estrada Património, no troço entre Almodôvar e São Brás de Alportel, no âmbito de um projeto com o mesmo nome, com o qual se pretende requalificar estradas que por razões históricas associadas a épocas ou processos construtivos importantes no âmbito do transporte rodoviário, ou para fruição de valores paisagísticos, podem ser percorridas com interesse por motivos associados ao usufruto turístico.
 
Neste contexto, foi este troço da EN2 objeto de uma reabilitação que repôs muitos dos elementos antigos, como sinalização e casas de cantoneiros, que permitiu reencontrar no presente a imagem do passado. 
 
Num tempo em que as acessibilidades são o mote para o crescimento das regiões, impõe-se olhar para o passado incluindo-o no presente, integrando este património histórico em circuitos que por si só, possam incentivar a fixação das populações revitalizando as atividades económicas das regiões atravessadas.
 
É nesta perspetiva que a IP olha para estradas como a EN2, estradas antigas que fazem parte de um passado, que foram estruturantes para o desenvolvimento do País e que, hoje, pelas suas características, constituem percursos apreciáveis por critérios eminentemente patrimoniais, e não os associados ao conforto e fluidez do tráfego automóvel. Presentemente estas estradas são um recurso a valorizar e, integradas em roteiros turísticos, podem ser o mote para o tão necessário crescimento económico revitalizando as regiões atravessadas.