Conservação do Património Azulejar - Linhas do Oeste, Beira Alta e Cintura
2019-07-23
A Infraestruturas de Portugal concluiu um relevante conjunto de trabalhos de conservação e restauro de painéis azulejares, nas seguintes estações:
- Mafra, Outeiro, Bombarral, Óbidos, Caldas da Rainha, Valado e Leiria, na Linha do Oeste;
- Nelas e Canas-Felgueira, na Linha da Beira Alta; e
- Alcântara-Terra, na Linha de Cintura.
Estas ações dão continuidade à estratégia de preservação seguida pela IP e IPP, tendo em vista a salvaguarda, a recuperação e a valorização deste importante património público ferroviário.
Os trabalhos desenvolvidos contemplaram a remoção de azulejos em destacamento, limpeza de face nobre e tardoz, colagens, consolidações, tratamento do suporte, preenchimentos, consolidações, reintegrações cromáticas, cozedura de azulejos existentes para irradiação de algas e refechamento de juntas e limpeza.
No geral, os conjuntos azulejares encontravam-se em relativo bom estado de conservação, sendo o seu principal problema a perda de aderência à argamassa de assentamento, havendo nalguns casos risco iminente de queda, razão pela qual estas intervenções assumem especial relevância.
Os trabalhos, cujo investimento global associado é de cerca de 150 mil euros, foram integralmente materializados com recurso a mão-de-obra especializada.
Os conjuntos figurativos intervencionados nas linhas do Oeste e Beira Alta revestem os edifícios de passageiros, maioritariamente ao nível do rés-do-chão e na zona das plataformas. De iconografia e etnografia simples e direta, representam espaços bucólicos, figuras, monumentos, tradições e trabalhos campestres, perpetuando tradições e memórias das realidades regionais às quais as populações atribuem grande valor histórico e simbólico.
Na Estação de Alcântara-Terra a intervenção visou a recuperação dos singulares painéis de padronagem produzidos na Fábrica de Sacavém, que se encontravam com grave contaminação biológica.